Ainda na infância
Já conheço o desprezo
Piadas de mau gosto
Que ofendem e dão medo
Triste, ferido, humilhado.
Inseguro em ser quem eu sou.
Mesmo sem motivo
Alguém me magoou!
Com que direito fazem isso?
Porque tem que ser assim?
Sofro por ser eu mesmo
E não o que fazem de mim!
Olho para todos os lados
E não encontro apoio algum
Será que devo acreditar
Que tudo isso é comum?
__ “Brincadeira de criança!”
É o que me dizem...
Sei que não é verdade
E não quero que acreditem
Preciso de apoio,
Preciso viver!
Realizar os meus sonhos
Ser feliz e crescer!
Mãe, pai, professor:
Socorro! Ajudem-me!
Ajudem-me a ser forte
E olhar com compaixão
Aquele que me agride
Pois também é meu irmão
Ele também sofre,
É vazio e sozinho...
Talvez pela ausência
De limites e carinho
Pai, mãe, professor:
Sejam presentes!
Assumam os seus papéis
E sejam coerentes!
Sei que tenho direitos
Garantidos pela constituição
E também tenho deveres
Como todo cidadão
Igualdade e dignidade
São alguns dos meus direitos.
Mas também são meus deveres
A justiça e o respeito.
Pai, mãe, professor:
Sejam exemplos!
Ensinem a tolerância.
Ainda dá tempo!
Ainda dá tempo ...
Anita Faccioni Jaquetto de Oliveira
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